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Uma pastora de uma igreja evangélica foi presa na manhã desta quarta-feira (20), em Jaraguá do Sul, na região Norte de Santa Catarina, em uma ação da chamada operação Falso Profeta, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal.

O primeiro alvo, foi identificado ainda pela manhã como pastor Osório José Lopes Junior, que mora em Brasília. A segunda pessoa procurada acabou sendo parcialmente identificada no começo da tarde: a missionária catarinense que reside e atua em Jaraguá do Sul. No entanto, seu nome até o momento não foi informado. A mulher é suspeita de ser uma das principais comparsas do pastor Osório num esquema de golpes aplicados sobre fiéis seguidores da igreja.

Além das prisões, a Justiça expediu 16 mandados de busca e apreensão. A organização criminosa é suspeita de aplicar golpes em mais de 50 mil vítimas no Distrito Federal, em outros estados e até mesmo no exterior.

Como o grupo agia

De acordo com as investigações, a rede criminosa mantém uma estrutura ordenada com divisão de tarefas, especializada em crimes como falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e estelionatos cometidos através das redes sociais. As vítimas eram induzidas a investir quantias em dinheiro com a promessa de recebimento futuro de quantias milionárias.

Conforme a polícia, os criminosos abordavam as vítimas, em sua grande maioria fiéis evangélicos, pelas redes sociais e as convenciam a investir suas economias em falsas operações financeiras ou alsos projetos de ações humanitárias, sempre com promessa de retorno financeiro imediato e lucros enormes.

Foi detectada, por exemplo, a promessa de que com um depósito de apenas R$ 25 as pessoas iriam receber R$ 1 octilhão. De acordo com a investigação, iniciada há cerca de um ano, o grupo é composto por cerca de 200 integrantes, incluindo dezenas de lideranças evangélicas intituladas pastores.

As vítimas normalmente são fiéis que frequentam suas igrejas, para acreditar no discurso de que são pessoas escolhidas por Deus para receber a “bênção”, ou seja, as quantias bilionárias. De acordo com o Portal Metrópole, os investigados mantinham empresas “fantasmas” e de fachada, simulando ser instituições financeiras digitais com alto capital social declarado.

A investigação também apontou movimentação superior a R$ 156 milhões, nos últimos cinco anos, bem como foram identificadas cerca de 40 empresas “fantasmas” e de fachada, e mais de 800 contas bancárias suspeitas.

Na operação desta quarta-feira, também estão sendo cumpridas medidas cautelares de bloqueio de valores, bloqueio de redes sociais e decisão judicial de proibição de utilização de redes sociais e mídias digitais.

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